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Na abertura, o vice-presidente de Administração e Finanças do CRCPR, Roberto Marques de Figueiredo, convidou a todos para a 18ª Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Paraná e falou sobre novidades para o público de peritos contábeis. "Divulgaremos em breve informações sobre a exigência do uso do cadastro de peritos no Paraná, que é uma valorização dos profissionais dedicados e comprometidos com a educação profissional continuada. Ação que faz com que eventos, como este Seminário de Perícia, sejam cada vez mais grandiosos e necessários”, comentou Figueiredo. Depois, Renê Miguel Reque Filho, coordenador da Comissão de Peritos Contábeis do CRCPR e perito contador e economista do Juízo na Vara Cível da Justiça Estadual, Fazenda Pública e Justiça Federal em diversas Comarcas no Estado do Paraná, comentou sobre a programação e passou a conduzir o evento. Outros membros da Comissão fizeram a moderação dos painéis, como João Matias Loch, professor universitário e perito-contador da Justiça Federal do Trabalho da 9ª Região em Curitiba; e Maurício Cadenas Prado, economista e contador com mais de 20 anos de experiência nas áreas de Perícia e Avaliação de Empresas.
A primeira temática foi "A Reforma Trabalhista de 2017 e o cenário atual das ações trabalhistas", apresentada pelos palestrantes Antonio Vasconcellos Junior e Cássio Colombo Filho, e moderada por João Matias Loch. Foram discutidas as principais modificações nas relações de Trabalho e as ações na Justiça Trabalhista da produção da prova técnica, com a Lei nº 13.467/2017. "Eu trago sempre a possibilidade das próprias partes conseguirem se ajustar conforme o negociado, através de acordo em convenção coletiva", exemplificou em sua palestra Antonio Vasconcellos Júnior, professor universitário e doutor em Ciências Jurídicas.
Já o desembargador do Trabalho aposentado, professor universitário e escritor, Cássio Colombo Filho, deixou uma mensagem aos profissionais: “O momento é de crise e é difícil, mas é preciso perceber este verdadeiro mar de oportunidades e a necessidade do trabalho do contador”.
O segundo painel contemplou o assunto "Apuração de haveres em dissolução de sociedades", moderado por Maurício Cadenas Prado, com os palestrantes Elisa Schmidlin Cruz e Silvio Simonaggio. Com ênfase nos desafios do Perito em tempos de pandemia, foi promovido debate técnico sobre o tema, assim como levantada a visão técnica dos peritos contadores e a visão jurídica dos advogados, árbitros e juízes.
"O que os clientes buscam na perícia, me parece que é o conhecimento técnico, da matéria e do setor e uma possibilidade de se contar com uma análise crítica para aferir diante das peculiaridades do momento. Precisamos encontrar formas de decisão que neutralizem esta situação”, destacou durante sua explanação Elisa Cruz, mestre em Direito Econômico e Social, vice-presidente da ARBITAC e integrante do Conselho Administrativo da Câmara de Mediação e Arbitragem da OAB/PR. "A pandemia causa ruptura, mas não dificuldade de avaliação, temos que dar às coisas os tamanhos que elas têm e considerar a visão dos avaliadores, naquele momento específico", complementou Silvio Simonaggio, economista, contador e advogado, membro da Academia Paulista de Contabilidade.
A última temática apresentada no Seminário foi a "Perícia Contábil Judicial sob o ponto de vista do magistrado", moderada por Renê Miguel Reque Filho e ministrada por Marcos Caires Luz, Juiz de Direito substituto nas 7ª e 8ª Varas Cíveis da Comarca de Londrina. A palestra trouxe reflexão com o objetivo de aproximar a atividade pericial contábil e a convicção do magistrado da verdade dos fatos. "Você não conseguirá produzir um bom laudo pericial para um processo judicial sem entender o contexto, o rito e o procedimento a que ele está vinculado, a que se destina", explicou o juiz.
* Para receber a pontuação do PEPC-CFC, o profissional precisa estar previamente inscrito no evento, realizar marcação de presença nas palestras e avaliação quando for emitir o certificado.