Fonte: Comunicação CFC.
Durante a participação do secretário especial da Receita Federal do Brasil (RFB), José Barroso Tostes Neto, na reunião Plenária do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), realizada na manhã desta quinta-feira (18), o presidente da entidade, Zulmir Breda, solicitou ao dirigente da RFB mais estabilidade e agilidade de resposta dos ambientes virtuais da Receita Federal, informando que essa tem sido a principal reivindicação feita pela classe contábil ao CFC. Segundo Breda, quanto mais serviços são disponibilizados dentro dos ambientes eletrônicos da RFB, maiores são as dificuldades de acesso à plataforma. “Nós temos constatado uma fila virtual de espera para a entrega de obrigações acessórias que não consegue ser atendida pelos sistemas. A situação é preocupante, pois os atrasos geram multas que estão previstas em lei”, afirmou o presidente.
O presidente alertou ainda para o fato de que, embora os sistemas identifiquem as instabilidades, o profissional não tem alternativa que solucione tais problemas. Ele também ressaltou que as falhas acontecem, principalmente, próximo aos prazos de entrega das obrigações acessórias, impactando fortemente o trabalho dos contadores. “Nós tivemos, no início do mês de novembro, uma grande dificuldade de cumprimento de prazo em relação à DCTFWEB. Temos quase 80 mil organizações contábeis no Brasil, que respondem por 20 milhões de empresas, e quase todas têm que acessar o ambiente virtual da Receita Federal para poder cumprir as obrigações tributárias”, observou.
“Esse problema comporta várias dimensões", disse Tostes. "A primeira está ligada à infraestrutura, e nós já estamos em contato com o SERPRO e com empresas de TI, na busca de soluções que nos permitam assegurar qualidade e, sobretudo, estabilidade no acesso. Porém, temos enfrentado dificuldades de outra natureza, que não somente a infraestrutura, como, por exemplo, a utilização de robôs por parte daqueles que acessam os serviços da Receita potencializando esse congestionamento”, ponderou. O secretário destacou ainda outro fator que tem contribuído para a sobrecarga dos sistemas: os crimes cibernéticos. “Nós temos um monitoramento instantâneo da plataforma. E rotineiramente sofremos tentativas de ataques virtuais, oriundos de diversas partes do mundo, que procuram hackear os nossos bancos de dados, as nossas informações. Por isso, e pelos mecanismos de segurança a que nós temos que recorrer para evitar tais problemas, os congestionamentos acabam acontecendo”, disse.
O presidente Zulmir enfatizou que o CFC está à disposição da RFB para discutir o tema e recebeu como resposta a confirmação da participação da entidade no grupo de trabalho que será criado exclusivamente para discutir esses problemas do sistema.
“Eu posso assegurar que o CFC será parte integrante desse grupo de trabalho que vai discutir tais problemas e propor medidas para corrigir essas falhas”, finalizou o secretário.
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