Opinião: Por novos critérios na escolha de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná
Encerrado o prazo para inscrição à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), grande número de candidatos está submetendo seus nomes à avaliação da Assembleia Legislativa do Paraná, responsável pela escolha. Entre eles, há contadores, advogados, deputados, professores, administradores e outros.
Todas as atenções se voltam agora para os critérios que a Assembleia Legislativa utilizará para fazer a indicação. Se técnico, como recomenda a importante função, ou político, como tem sido nos últimos tempos.
Assim como nos tribunais de justiça a exigência básica para um juiz, desembargador ou simples assessor é a formação em Direito, conselheiros dos tribunais de contas de todo o país deveriam, como pré-requisito, ser graduados em Ciências Contábeis, o único curso que prepara pessoas para entender de informações financeiras e patrimoniais, capacitando-as a avaliar com competência a contabilidade dos órgãos públicos, como manda a Lei de Responsabilidade Fiscal e as recentes Normas Brasileiras de Contabilidade Pública. Mais: como se trata de função eminentemente técnica, a seleção deveria ser por concurso público.
É verdade que esse sistema de escolha está definido na Constituição e haveremos de incluir a pauta na reforma da Carta, mas os deputados paranaenses já podem antecipar o desejo da sociedade, começando a sepultar a prática abominável da indicação por corporativismo e outras razões escusas, fazendo a coisa certa.
O momento é de mudanças. O fim das indicações políticas nos tribunais de contas é uma das bandeiras que os movimentos sociais não podem deixar de abraçar.
Nós podemos mudar a história
Nesse momento, encerradas as inscrições de candidatos a preencher a vaga de conselheiro do TC-PR, a Assembleia Legislativa do Estado prepara-se para sabatinar os candidatos. A assessoria de imprensa do TCE-PR informou em matéria que este processo começa na próxima segunda-feira, 8, às 9 horas, na Sala das Comissões do Legislativo (localizada no 3º andar do prédio da Administração da ALEP).
Nós podemos interferir no processo de diversas formas.
1.Enviando mensagem aos deputados que compõem a comissão que sabatinará os candidatos, exigindo que os critérios de seleção sejam técnicos. São eles: Tadeu Veneri (PT), Caíto Quintana (PMDB), Élio Rusch (DEM), Francisco Bührer (PSDB) e Wilson Quinteiro (PSB).
2.Enviando mensagem a todos os deputados, indagando se o seu voto estará preocupado com a competência e responsabilidade do escolhido para avaliar a correção e a transparência das contas públicas ou em atender interesses político-partidários.