Mesmo trabalhando em sistema de home office, em observância às medidas de distanciamento social estabelecidas pelas autoridades, o Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR) continua investindo no desenvolvimento profissional de seus funcionários para a melhoria constante do serviço prestado à classe contábil e sociedade em geral. Os treinamentos estão sendo ministrados por meio de uma plataforma de videoconferência que permite a interação do intrutor com os participantes.
Norma Brasileira de Contabilidade é tema de treinamento da Divisão de Fiscalização
No dia 22 de abril, quarta-feira, a equipe da Divisão de Fiscalização participou de uma capacitação com duração de três horas sobre a NBC TG Estrutura Conceitual. O instrutor foi o próprio presidente do CRCPR, Laudelino Jochem, que tem como uma de suas especialidades a realização de cursos e palestras sobre as normas brasileiras e internacionais de contabilidade.
Instantâneo de alguns dos participantes do treinamento da Divisão de Fiscalização, no dia 22
A finalidade da NBC TG Estrutura Conceitual, que dispõe sobre a estrutura conceitual para relatório financeiro, é auxiliar os responsáveispela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros das empresas a desenvolver políticas contábeis consistentes quando nenhuma norma se aplica a determinada transação ou outro evento, ou quando a norma permite uma escolha de política contábil. Ela foi editada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) em 2008 a fim de promover e manter a plena convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil às Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas pelo IASB. "No fim de 2019, o CFC publicou uma revisão da norma, razão pela qual julgamos oportuno realizar essa qualificação técnica do nosso time de inspetores fiscais", disse o vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina, Jefferson Paulo Martins, destacando a importância do treinamento constante para o bem desemenho das atividades da sua equipe e que a qualificação é uma das prioridades da atual gestão.
O treinamento contou com a participação remota de todos os inspetores fiscais lotados em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel, da gerente de Fiscalização, Celita Paltanin, o próprio vice presidente Jefferson e do diretor superintendente do CRCPR, Gerson Borges de Macedo. .
"Embora a aplicação dessa norma ainda seja restrita a um número limitado de empresas, devido sua complexidade, poucos profissionais no mercado detêm o conhecimento técnico necessário para a sua correta aplicação", explica o presidente. "É importante que nossa equipe esteja, portanto, apta a identificar inconsistências e orientar os profissionais, pois a norma visa assegurar aos empresários e investidores que têm acesso aos relatórios financeiros que as informações prestadas são confiáveis para embasar suas decisões", prossegue.
"Estamos elaborando, juntamente com os inspetores fiscais, o VP Jefferson, diretoria e presidência do CRCPR um cronograma anual de treinamentos para Divisão de Fiscalização, em diversas áreas, focando em ciências humanas, tecnolgias e conhecimento técnico profissional, acrescenta Celita.
Funcionários entram na era do Atendimento UAU!
Ainda com foco na capacitação profissional, nos dias 28 e 29, todos os colaboradores participaram, por videoconferência, da primeira fase do Programa Encantador de Atendimento Humanizado (PEAH), com o palestrante Edvaldo Nunes. O Programa é voltado promover a melhoria nas relações humanas, com foco especial no atendimento ao público e no relacionamento entre as áreas das empresas, preocupando-se em estabelecer conexões emocionais como forma de aumentar a eficácia da comunicação, melhorar o clima organizacional e fidelizar os clientes.
Instantâneo de alguns dos participantes do treinamento do dia 28, do Programa Encantador de Atendimento Humanizado (PEAH)
Na abertura da primeira turma, na terça-feira, o vice-presidente de Administração e Finanças do CRCPR, Roberto Marques de Figueiredo, deu boas vindas a todos e falou sobre a preocupação da entidade em promover a constante atualização dos funcionários para assegurar a qualidade da prestação de serviços aos profissionais da contabilidade do Estado do Paraná. A seguir, Edvaldo Nunes fez uma breve introdução, contando como nasceu o PEAH, a partir de sua trajetória profissional, quando era diretor comercial de uma das maiores empresas de TV por assinatura do país. Em um dado momento, ele foi convidado a desenvolver um projeto para elevar a qualidade do atendimento das empresas terceirazadas de call center responsáveis por receber as demandas dos clientes. "Na época, um incrível contingente de mais de 15 mil atendentes".
"A tecnologia muda muito, mas as necessidades humanas permanecem as mesmas. A gente continua tendo a necessidade de falar com os outros, ser entendido, ser compreendido. A gente ainda estranha quando liga para uma empresa e é atendido por um robô. Tem empresas que se preocuparam em humanizar o robô. A gravação diz Olá! Que bom que você ligou! Já estou vendo aqui pelo seu número que você ... como se fosse uma pessoa. Só que as empresas esqueceram de uma coisa: quando você digita 9 e o atendente humano responde, ele parece um robô. Esqueceram de humanizar a o ser humano!" Foi justamante para trabalhar a humanização do atendimento que ele foi chamado a desenvolver junto à área de relacionamento com o cliente um programa focado nos atendentes. A partir de sua bem-sucedida experiência, desenvolveu a metodologia que se baseia em um conjunto de regras simples, que estão presentes no dia a dia, mas que nem sempre são colocadas em prática de uma maneira sistemática.
Nesta primeira etapa do treinamento, o foco foram três regras primordiais, que são responsáveis por 80% do sucesso nas relaçõs interpessoais. Ele as denomina as três regras do encantamento: "A primeira regra é chamar a pessoa pelo nome. Mas não basta saber o nome da pessoa, é preciso saber como ela gosta de ser chamada. Isso faz toda a diferença", ensina. "O nome é a palavra mais doce que o ser humano pode ouvir em qualquer idioma, pois é a palavra que mais ouvimos ao longo da vida. Chamar um indivíduo pelo nome é uma maneira poderosa de estabelecer um primeiro vínculo emocional", assegura.
A segunda regra é ouvir para compreender. Segundo ele, esta regra tem como base as recomendações sobre escuta ativa contidas no livro Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, de Stephen Covey. Esta regra implica em a atenção plena ao que diz o cliente ou interlocutor, valorizando o que é comunicado por meio de comentários de apoio e perguntas que demonstram interesse.
A terceira regra é usar de empatia. Além de ouvir com atenção, o interlocutor precisa tentar se colocar no lugar do cliente, para entender o que ele está sentido e sinalizar que se importa com isso.
Instantâneo de alguns dos participantes do treinamento do dia 29, do Programa Encantador de Atendimento Humanizado (PEAH)
Segundo o palestrante, aplicar essas três regras no dia a dia, em casa, com a família, com os colegas, tem o poder de melhorar as relações interpessoais, o clima organizacional. "A empatia, sempre que você estiver conversando com alguém, seja um cliente, um amigo, um colega, e a pessoa comentar sobre uma historia triste, seja ela pessoal, sobre a situação da economia, sobre problemas da empresa, primeiro sinalize que você entende a dor do outro, antes de partir para a solução. O grande problema é que temos a tendência de pular direto para a solução do problema, quando muitas vezes tudo o que a outra pessoa mais precisa é ser ouvida", explica. Ele encerrou o treinamento dizendo que a utilização das três regras do PEAH cotidianamente no atendimento possibilitam deixar o cliente surpreso, feliz e seguro, estabelecendo uma relação de confiança e que a mudança não acontece simplesmente do dia para a noite, mas é preciso praticar essas regras no dia a dia. "É por isso que o PEAH é um programa que, aplicado e alimentado adequadamente, levam a empresa ou instituição a entrar na era do atendimento UAU!", finaliza.