"Inicialmente, é necessário destacar que diversidade não é “moda”, não é algo muito novo e não está associada somente a alguns grupos específicos.
O diretor de Diversidade e Comunicação, Ricardo Mota, destaca que se pensarmos que somos todos diversos e não há um ser humano igual ao outro, podemos partir do princípio de que todas as pessoas fazem parte da diversidade e, ainda, se analisarmos à luz dos direitos humanos, o artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos apresenta que: “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidades e direitos”.
Neste sentido, pode-se afirmar que não há grupo ou ser humano que não faça parte da diversidade.
Antes de uma empresa iniciar o processo de estratégia e implantação da DEI, é necessário alinhar alguns termos que são bem conhecidos por quem trabalha na área. Os termos que serão apresentados neste artigo referem-se à diversidade, grupos minorizados e visibilidade.
Não é um tema novo e nem moda, refere-se a uma forma justa de entender e agir com relação às diferenças. Trata-se de um conjunto de diferenças (visíveis e invisíveis) e semelhanças que definem as pessoas e as tornam únicas, conforme sua personalidade, gênero, raça, etnia, orientação afetivo-sexual, idade, religião, nacionalidade ou condição física, mental, intelectual ou sensorial.
Diante do exposto, levanta-se às seguintes questões para reflexão e ação: no seu escritório de contabilidade e/ou no curso de Ciências Contábeis que você estuda ou estudou, tem ou tinha, por exemplo, pessoas negras (pretas e pardas)? Travestis, mulheres transgêneros, homens transgêneros e pessoas não-binárias? Pessoas com Deficiência (PcD)? Pessoas com mais de 50 anos de idade?
Referem-se aos grupos que se encontram em situação de desvantagem social e em estruturas de opressão, são grupos oprimidos, esquecidos ou simplesmente excluídos dos seus direitos públicos e não está relacionado a quantidade, fato este que as mulheres são maioria no Brasil, mais de 50%, e pessoas negras, a raça predominante (54%) de acordo com dados do IBGE de 2016.
Reconhecer e promover a visibilidade dos grupos minorizados em nossa convivência, trazer temas e estruturas de opressão para o holofote e discutir sobre eles, como exemplo, trazer temas como machismo, racismo, capacitismo, transfobia, homofobia etc., e que possam ser discutidos dentro dos escritórios de contabilidade e dos cursos de Ciências Contábeis no Brasil (da graduação ao doutorado).
Para conhecimento acerca de outros termos relacionados à DEI, sugiro a leitura da obra intitulada “Diversidade, Equidade e Inclusão: tornar simples o que parece complexo” publicado em 2022, de autoria de Ricardo Mota, e co-autoria de Carolina Ignarra, Jorgete Leite Lemos, Maite Schneider e Sandra Gioffi, obra que apresenta um guia prático sobre como transformar a cultura da organização, em um cultura inclusiva e respeitosa.
Espero que esse artigo tenha lhe ajudado!
Grande abraço."
Artigo da contadora Juh Círico - Integrante da Comissão de Diversidade e Inclusão do CRCPR
Reprodução permitida, desde que citada a fonte