Por exemplo, não se deve atribuir gênero a roupas, cores e acessórios. Ainda há estereótipos relacionados ao uso de vestimentas, bem como, as cores (“menino veste azul e menina veste rosa”). A percepção social que temos sobre vestimentas, assim como outros costumes, é estritamente cultural. No caso do exemplo citado, o óbvio é inegável, roupas e suas cores não possuem gênero, afinal, roupas não são do gênero, mas sim, de tecidos, dentre outros materiais. 

Diante do exposto, vale destacar que atualmente há lojas de roupas que não utilizam mais a classificação binária (roupas femininas e roupas masculinas), ao substituírem por “tipos de roupas”, onde a/o/e cliente pode escolher o tipo de roupa de seu interesse, de modo a se sentir mais confortável em um ambiente sem estereótipos.

É necessário desaprender para aprender, pois ao longo de nossas vidas, somos expostas/os/es a uma série de ideias, crenças e valores que são influenciados pelo ambiente familiar, cultural, educacional, mídia e por outros ambientes sociais. Essas influências podem moldar nossas percepções sobre gênero, sexualidade, raça, etnia, idade, religião e outras dimensões da diversidade humana.

No entanto, muitas dessas percepções são baseadas em estereótipos, preconceitos e visões limitadas, o que acaba gerando discriminação e exclusão de grupos marginalizados. Para combater essa situação, é necessário desaprender essas concepções equivocadas e reconhecer a complexidade e a individualidade das pessoas, independentemente de suas características, considerando que todas as pessoas são diferentes, e as diferenças devem ser sempre respeitadas. 

Ao desaprender, abrimos espaço para aprender sobre a diversidade de maneira mais profunda e significativa. Isso envolve buscar informações atualizadas e precisas sobre diferentes grupos sociais, ouvir as vozes daquelas pessoas que estão em sub-representação e aprender com suas experiências.

Além disso, desaprender também requer reflexão e autoconhecimento. Precisamos examinar nossos próprios preconceitos e privilégios, reconhecendo nossas limitações e assumindo a responsabilidade de mudar nossas atitudes e comportamentos.

Por fim, é importante destacar que a diversidade traz inúmeros benefícios para a sociedade, como a promoção da criatividade, da inovação, do crescimento econômico e do bem-estar geral. 

Portanto, é fundamental desaprender antigos paradigmas excludentes e aprender constantemente sobre a diversidade, de forma a construir relações mais respeitosas, promover a igualdade de oportunidades e construir um futuro mais inclusivo para todas as pessoas."