“A contabilidade é a bússola dos empresários de sucesso”, afirma Lucélia Lecheta na Câmara de Curitiba
Presidente do CRCPR enfatizou a campanha “2013, Ano da Contabilidade” no plenário curitibano.
“Contabilidade hoje, senhoras e senhores, é a ‘bússola’ dos empresários de sucesso, que entendem que somente a ciência contábil é capaz de lhes dar a luz, rumo ao caminho certo para seus empreendimentos” – destacou a presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), Lucélia Lecheta, em discurso na Câmara Municipal de Curitiba na manhã desta terça, 23. Lucélia usou da palavra na tribuna do parlamento por 15 minutos, tempo em que procurou enfatizar a campanha “2013, Ano da Contabilidade no Brasil”, o Dia do Contabilista - comemorado em 25 de abril, e os 67 anos de criação do CRCPR e da instituição do Sistema CFC/CRCs.
Lucélia Lecheta discursou, dentre outros assuntos, sobre o Ano da Contabilidade no Brasil.
Sobre a campanha lançada em âmbito nacional pelo Conselho Federal de Contabilidade com vistas à valorização do profissional da contabilidade, o reconhecimento de seu papel no desenvolvimento nacional por parte da sociedade e, ainda, a correção de distorções na imagem da classe contábil, Lucélia afirmou: “Este ano de 2013 está sendo considerado o ‘Ano da Contabilidade no Brasil’. (...) Inúmeras ações estarão acontecendo ao longo de 2013, buscando mostrar ainda mais à sociedade a importância do contabilista e a contribuição que ele dá ao país”.
Desde a instituição do Sistema CFC/CRCs, em 27 de maio de 1946, lembrou a presidente, o perfil do profissional da contabilidade se alterou. Sua importância hoje vai muito além do mero registro do passado.
Lucélia: contabilistas desfrutam de ascendência profissional, social e de reconhecimento público.
“A classe contábil brasileira vem registrando um ganho de qualidade que merece destaque (...). Nossos profissionais, impelidos pela globalização, aquecimento da economia como um todo, aumento da demanda por bons serviços contábeis, pelo entendimento, tão almejado de nossa parte, para que o empresário olhe a contabilidade como instrumento de gestão essencial ao sucesso (...), vem também numa ascendência profissional, social e de reconhecimento público”, disse.
O dia 25 de abril, frisou Lucélia, é um momento oportuno para que o próprio contabilista reveja conceitos, no sentido de investir em atualização de conhecimentos e especialização, bem como estudar meios de dar visibilidade a suas qualidades profissionais por meio de ferramentas do marketing.
Expedito B. Martins, da Fecopar, vereador Wirbiski, Lucélia Lecheta e Mauro Kalinke, na Câmara Municipal.
A presidente defendeu ainda a necessidade de os parlamentares trabalharem em prol da simplificação do sistema tributário brasileiro e do processo de legalização das empresas. Para ela, o atual regramento tributário no Brasil coíbe, inibe, dificulta e desmotiva o empreendedor. Por sua vez, o profissional contábil também é prejudicado, já que é ele quem precisa, nas palavras de Lucélia, tentar decifrar os mandos e desmandos da legislação. “Ao invés de estarem norteando os caminhos das empresas rumo ao sucesso, os contabilistas são obrigados a (...) desvendar os mistérios de milhares de normas, leis, decretos, instruções normativas e toda sorte de legislações despejadas diariamente nas costas de quem quer produzir nesse país: o empresário e, por consequência, o seu contabilista” – argumentou.
O convite para a participação da presidente em sessão ordinária da casa legislativa partiu do vereador Hélio Wirbiski. Além dela, participaram também da sessão o presidente da Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas), Valdir Pietrobon, o presidente do Sescap-PR (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Paraná), Mauro Kalinke, e o tesoureiro da Fecopar (Federação dos Contabilistas do Paraná), Ademir Galvão, que representou o presidente Divanzir Chiminácio. Após o discurso, eles receberam os cumprimentos e esclareceram dúvidas dos edis.
Da dir. para esquerda: Mauro Kalinke, presidente do Sescap-PR, e Lucélia Lecheta, presidente do CRCPR.
Acompanharam a presidente à Câmara, os diretores do CRCPR Gerson Borges de Macedo (Superintendente), Hugo Catossi (Operacional), o vice-presidente de Relações Sociais, Armando Lira, o conselheiro Narciso Doro (que preside o Sicontiba) as conselheiras Márcia Cristina de Almeida, Ormélia Teresa da Silva e Nilva Amália Pasetto (coordenadora da Comissão Paranaense da Mulher Contabilista).
Confira abaixo a íntegra do discurso de Lucélia Lecheta na Câmara Municipal de Curitiba, nesta terça-feira, 23:
“Exmo. Sr Paulo Salamuni – presidente desta casa legislativa, permita-me em seu nome saudar a todos os vereadores presentes, especialmente ao nosso amigo vereador HELIO WIRBISKI, amigo e fiel companheiro da classe contábil curitibana. Quero também registrar aqui de forma especial o meu bom dia e meu agradecimento pela presença, aos colegas Divanzir Chiminácio (presidente da Fecopar) e Mauro Kalinke (presidente do Sescap/PR) e ao Narciso Doro Jr. (presidente do Sicontiba) entidades parceiras do CRCPR e que juntas, vem construindo uma história de conquistas e sucesso no meio contábil de nosso Estado.
Senhoras e senhores, de imediato quero dizer da satisfação de estar aqui nesta tribuna, na qualidade de primeira mulher que ocupa a presidência do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, em 67 anos de sua história, o que evidentemente me orgulha, porém muita mais do que isso, ao usar este microfone, falo em nome dos quase dez mil contabilistas de Curitiba e região, dos quase 31 mil de colegas paranaenses e num exercício de projeção aqui represento os quase 500 mil profissionais contábeis de nosso país.
Criado para centralizar suas ações no âmbito do registro e da fiscalização profissional, o conselhos regionais de contabilidade e especialmente o do Paraná não poderiam ficar limitados tão somente a essas prerrogativas. Hoje, o CRCPR está inserido no cotidiano da sociedade paranaense, ultrapassando as fronteiras da contabilidade para servir ao povo do Paraná através de suas ações sociais que mesclam a finalidade precípua da entidade com a realização de atividades que buscam não só a educação continuada do profissional contábil o que irá desencadear na excelência dos serviços prestados pelos contabilistas, mas também, a realização de ações voltadas diretamente à população em geral.
A classe contábil brasileira vem registrando um ganho de qualidade que merece destaque ao compararmos com outras profissões regulamentadas. Nossos profissionais, impelidos pela globalização, pelo aquecimento da economia como um todo, pelo aumento da demanda por bons serviços contábeis, pelo entendimento tão almejado de nossa parte, para que o empresário olhe a contabilidade como instrumento de gestão essencial ao sucesso de seus empreendimentos, vem também numa ascendência profissional, social e de reconhecimento público.
Já vai muito longe o tempo de que os chamados “guardas-livros” tinham como missão principal registrar o passado das empresas. Hoje, essa é apenas uma das funções da ciência contábil que usa esses registros como ferramentas para situar as empresas no presente e prever o futuro delas, corrigindo rumos e maximizando o sucesso das mesmas! Contabilidade hoje, senhoras e senhores, é a “bússola” dos empresários de sucesso, que entendem que somente a ciência contábil é capaz de lhes dar a luz, rumo ao caminho certo para seus empreendimentos.
Por outro lado, os colegas contabilistas que comemoram seu dia na próxima semana (25 de abril), de repente despertaram para uma outra realidade profissional. É momento de rever conceitos, de investir em atualização de conhecimentos, em marketing de seus predicados, em especializações, em novos desafios… E nesse particular, nossa classe não vem sendo tímida – haja vista que no Congresso Brasileiro de Contabilidade realizado em 2008 na cidade de Gramado/RS, seis mil colegas do Brasil e do exterior se fizeram presentes para ouvir palestrantes dos mais renomados e inclusive o ex-presidente Lula, que também se fez presente no evento.
Repetimos a dose agora em 2012 em Belém/PA, passamos dos 6000 inscritos e trouxemos para dialogar conosco ninguém mais do que o ex-presidente dos EUA Bill Clinton!
Teremos agora entre os dias 17 e 19 de maio, na terra das cataratas – Foz do Iguaçu, o maior evento da classe contábil paranaense em toda a sua história. A 16ª Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Paraná – reunirá palestrantes de primeira ordem como o ex-ministro Maílson da Nóbrega, o global Caco Barcellos, Ângela Hirata (Havaianas), Amália Sina, entre outras personalidades, e já aproveito a oportunidade para convidar a todos a participar.
Este ano de 2013 está sendo considerado o “Ano da Contabilidade no Brasil”. Sob o comando do Conselho Federal de Contabilidade, inúmeras ações estarão acontecendo ao longo de 2013 em todo o Brasil buscando mostrar ainda mais à sociedade a importância e a contribuição que o contabilista dá ao país. Porém, nem só de bons momentos vive a classe contábil brasileira!
É necessário dizer senhoras e senhores, a nossa preocupação com o atual regramento tributário no Brasil, que não só coíbe, inibe, dificulta e desmotiva o empreendedor, aquele cidadão que imbuído de entusiasmo pretende abrir empresa, gerar emprego e renda, pagar tributos honestos e justos, mas também essa legislação madrasta em todos os níveis escraviza o contabilista que dedica a maior parte de seu tempo a tentar decifrar (sim, senhoras e senhores seria mesmo essa a palavra: decifrar) os mandos e desmandos da nossa legislação.
Ao invés de estar norteando os caminhos corretos das empresas rumo ao sucesso – os contabilistas são obrigados a dispor de muito tempo de seu dia a dia para tentar desvendar os mistérios das milhares de normas, leis, decretos, instruções normativas e toda sorte de legislações que são despejadas diariamente nas costas de quem quer produzir nesse país, o empresário e por consequência o seu contabilista!
Imaginem uma empresa de serviços contábeis que atendem clientes das mais diversas atividades econômicas com indústrias, comercio, prestação de serviços, entidades do terceiro setor – as legislações que norteiam essas empresas se impressas e dispostas em fila somariam com certeza milhares de quilômetros a serem “dominados”pelo profissional da contabilidade. Uma tarefa, desumana, hercúlea e cada vez mais complicada. Portanto, quando vimos aqui ocupar esta tribuna, e falar de nossa missão, me sinto a vontade também para pedir aos senhores (as) do legislativo municipal, que sempre vejam com bons olhos e com toda a atenção os projetos que por aqui tramitarem visando a desburocratização do serviço público como um todo e em especial no campo tributário e de legalização das empresas.
Agora mesmo, pelas mãos do vereador HELIO WIRBISKI tramita nesta casa uma Proposição de Projeto de Lei Ordinária que dispõe sobre a concessão de alvarás de localização e funcionamento provisório para microempresas e empresas de pequeno porte. Projeto de lei este que vem de encontro com tudo estamos falando – ou seja, desburocratizar para crescer. Parabéns ao vereador Hélio e a todos vereadores que por certo estarão comungando com esse pensamento progressista e menos engessado que muitas vezes os órgão públicos impelem a todos nós!
Nosso país tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, cujo retorno ao contribuinte é ínfimo, se não, nenhum! Esse discurso apesar de ser antigo é cada vez mais recorrente e essa situação se agrava, a todo momento. Entendemos que uma pessoa, por mais simples que seja e que tenha a intenção de abrir uma empresa – deveria ser recebida de “tapete vermelho” nas repartições públicas. Hoje acontece exatamente ao contrário, a burocracia, o desrespeito, a falta de consideração, e a tributação imposta, são verdadeiros convites a fazer os empreendedores desistirem de suas empreitas, o que é péssimo para o país.
Nós profissionais da contabilidade, assistimos a tudo isso diariamente, em nossos escritórios, vemos empresários naufragarem nesse mar revolto da economia de nosso país, por falta de planejamento calcado numa contabilidade correta, vemos futuros empreendedores desistirem de seus projetos ao saberem das exigências legais e burocráticas que terão que enfrentar… Mas, graças a Deus, ainda vemos também, heróis da resistência que apostam em um país melhor no futuro, insistem em gerar renda e empregos, resistem às intempéries de toda a sorte e continuam investindo e acreditando num país mais justo e que premie os bons e os honestos!
É com esse espírito de esperança, com essa garra de brasileiro que não desiste nunca, que encerro minha fala dizendo do orgulho que tenho de minha profissão, dizendo da felicidade de ter recebido de Deus o dom de contabilizar o sucesso de meus clientes e do meu país, de ver que nosso Brasil ainda tem um potencial enorme para ser o melhor lugar do mundo para se viver! Basta que nós, cidadãos e cidadãs dessa terra abençoada, linda de norte a sul e de leste ao oeste, deslumbrante do Oiapoque ao Chuí e dos pampas aos seringais, nunca deixemos de lado a nossa capacidade de indignação pelas coisas que não julguemos corretas.
Que jamais as pessoas de bem deixem de acreditar não só num futuro, mas também em um presente digno da essência do povo brasileiro. Não podemos esquecer, de nossos filhos e netos que por certo reconhecerão em nós as pessoas que prepararam o mundo em que eles irão viver e nesse mister nossas atitudes como pessoas de bem é que irão farão a diferença!
Agradeço imensamente o espaço aqui cedido ao CRCPR e às demais entidades contábeis que represento nesta tribuna, e que irão comemorar conosco no próximo dia 25 o nosso momento anual… o Dia do Contabilista!
Saio daqui feliz, por deixar esta minha mensagem, que foi um misto de exposição do que é a missão do contabilista, de alerta pelas coisas que temos convicção que não estão corretas e de consciência de que o futuro depende de todos nós, mas antes disso… depende de cada um de nós!”
Presidente do CRCPR recebeu documento que a agracia pela participação na sessão da Câmara de Curitiba, dia 23.