No segundo dia (18/8) da 18ª Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Paraná, maior evento da classe contábil do estado, duas salas simultâneas transmitiram palestras pela TV CRCPR. Na sala 1, as palestras abordaram os temas "Reforma Trabalhista" e "Retrospecto Histórico das Regras Contábeis no Brasil".

Às 19 horas, a palestra "Trabalhista! Onde as empresas mais erram?" foi ministrada pelo juiz Marlos Augusto Melek. O juiz federal do Trabalho iniciou sua trajetória profissional como funcionário e depois empresário, chegando a empregar direta e indiretamente mais de 2 mil pessoas. Melek é pós-graduado em Direito e Administração de Empresas, é autor de livros sobre a temática Trabalhista e foi membro da Comissão de Redação Final da Reforma Trabalhista, tendo defendido o texto da lei na Câmara e no Senado. A moderação da palestra foi conduzida pela ex-conselheira do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), Elizangela de Paula Kuhn. 

Depois, às 20 horas, "Retrospecto histórico do avanço das regras contábeis no Brasil até a adoção das IFRS " foi tema da palestra de Eliseu Martins, professor emérito e ex-diretor de campus das Faculdades de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), doutor em Controladoria e Contabilidade, ex-presidente da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e do Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras (Ipecafi), ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), membro de conselhos de administração, consultivos e fiscais de empresas privadas, estatais e de entidades sem fins lucrativos, e de conselhos editoriais de renomadas revistas técnicas da área contábil.  Eliseu Martins foi autor e co-autor de importantes livros, entre os quais, “Contabilidade Introdutória”, “Contabilidade de Custos”, o livro mais vendido até hoje nessa área no Brasil. Também foi agraciado com a medalha “Mérito Contábil João Lyra”, em 2008, no Congresso Brasileiro de Contabilidade.

O conselheiro e coordenador da Comissão dos Profissionais de Auditória Contábil do CRCPR,  Everson Luiz Breda Carlin, moderou a palestra.

Eliseu Martins compartilhou sua perspectiva sobre o cenário atual da profissão contábil no Brasil e no mundo e sobre as próximas fronteiras do processo de convergência das Normas Brasileira de Contabilidade aos padrões internacionais. "A contabilidade brasileira veio com os portugueses, que seguia basicamente uma linha de contabilidade italiana, francesa e espanhola", iniciou Eliseu Martins, trazendo um panorama histórico. 

"A União Europeia já utilizava as normas internacionais desde 2005. Em 2007, vem a lei brasileira que altera a lei de 1976, que não permitia a doação de normas internacionais, como por exemplo, não permitia que instrumentos financeiros fossem avaliados a modo justo, o reconhecimento de ativos sobre arrendamento mercantil, ou o registro do patrimônio liquido por conta de receitas e despesas serem apropriadas no futuro. A Lei traz neutralidade fiscal. E em 2010, está completamente integrado o Brasil às Normas Internacionais de Contabilidade", explicou o palestrante. "Veio a globalização das empresas e a expansão do comércio de bens, serviços e investimentos. As normas internacionais e convergência nasceram, pois custava muito caro não tê-las", disse o palestrante. 

Confira também a entrevista com o palestrante Eliseu Martins, concedida em julho para o CRCPR! Para ler, clique aqui! 

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