Entrevista por Flávia H. de Oliveira
Flávia - Quais serão as estratégias
desta nova diretoria do Sescap/PR
MB - As estratégias desta diretoria serão
determinadas por ações que se dediquem à transparência,
à seriedade e austeridade. Como estamos assumindo praticamente
no meio do ano, todas as ações positivas já pautadas
pela diretoria anterior, serão mantidas e, se possível,
incrementadas. Como grande desafio a possível extinção
da contribuição sindical, o que nos leva a refletir sobre
novas possibilidades de oferecimento de serviços aos representados,
no intuito de aumentarmos consideravelmente o quadro associativo.
Flávia - E qual a principal meta da entidade
para este ano?
MB - A principal meta será o fortalecimento
das câmaras setoriais, na busca de entrosamento entre todos os
segmentos representados pelo Sescap. Ainda pretendemos estreitar as
relações e estender os benefícios possíveis
para as cidades do interior, dentro da área de abrangência
da entidade. Os cursos de aperfeiçoamento, que têm sido
o carro chefe das atuações do Sescap, serão mantidos
e estendidos.
Flávia – Em que áreas o Sescap
poderia fazer mais pelos seus associados e filiados?
MB - Seria temeroso dizer que o Sescap deveria ser
mais atuante do que já é. Afinal, a diretoria que sucedemos,
capitaneada por Valdir Pietrobon, tornou esta uma das mais respeitadas
entidades, em todos os âmbitos que se queira olhar. Mas, podemos
sim, implantar novos convênios de atendimento odontológico,
que se estenda ao interior. O Departamento jurídico já
oferece um respaldo de respeito aos representados. Pretendemos fazer
as câmaras setoriais mais atuantes. Pretendemos também
oferecer cursos de treinamento para, por exemplo, secretárias,
telefonistas, office-boys, etc. O objetivo é treinar o pessoal
das empresas para que o atendimento seja feito com qualidade, além
da qualidade propriamente dita que é aplicada na prestação
dos serviços para o qual são contratadas.
Flávia - A gestão anterior foi marcada
pela defesa das empresas de serviços. Isso vai continuar?
MB - Obviamente, sim. Afinal, são essas as eleitas
como as grandes vilãs do atual governo. Só posso entender
assim após tantas imposições de aumentos de alíquotas,
de novos impostos, de novas obrigações acessórias,
etc.etc. Esquecem os nossos ilustres governantes que a grande massa
de empregados na atualidade está alocada nas empresas de serviços.
O contra-senso aí está. Pegamos os maiores empregadores
e taxamos com mais vigor, andando na contra-mão, penalizando
aqueles que mais colaboram para diminuir as taxas de desemprego. As
empresas de serviços clamam por uma maior justiça tributária
e, apesar das decepções vividas até agora, poderíamos
dizer, com certa ironia: “a luta continua” !
Flávia - Como o senhor vê a integração
com as demais entidades de classe?
MB - Eu me sinto orgulhoso de pertencer a um estado
como o Paraná, que tem uma consonância de idéias
e ideais tão bem alinhados entre as entidades de classe. Enquanto
vemos outros companheiros brigando na justiça dentro de suas
próprias casas, nós aqui vivemos em lua de mel permanente.
Este fato nos faz mais fortes, nos leva a várias representações
de relevância nacional e nos leva a sermos exemplo de trabalho,
de progresso e de paz. Dentro do que nos for possível, tudo faremos
para manter esta situação. Sabemos do tamanho que é
esta responsabilidade, mas, temos a convicção de que é
possível nos fazermos cada vez melhores.